Reescrita de publicação em 11/09/2017
Endereço do Blog: https://taniaantoniazzi.blogspot.com/2017/09/imagens-ou-mundo-real-o-mundo-virtual.html
Imagens ou mundo real?
O mundo
virtual está se impondo sobre o mundo real. As gerações mais antigas compreendem
a importância do contato físico, porém as novas gerações lidam com a
comunicação virtual com mais tranquilidade. Segundo Leandro Karnal, está é a
realidade para os jovens. Foi como foram criados, viveram praticamente somente
a experiência virtual.
As crianças de hoje estão inseridas num contexto digital, um mundo
voltado às novas tecnologias onde elas a todo o momento encontram uma novidade.
Nós, como professoras neste contexto, temos o papel de preparar e ajudar
as crianças no seu desenvolvimento. As crianças já têm a tecnologia em seu meio
e brincadeiras. Segundo Presnky:
Os
alunos de hoje – do maternal à faculdade – representam as primeiras gerações
que cresceram com esta nova tecnologia. Eles passaram a vida inteira cercados e
usando computadores, vídeo games, tocadores de música digitais, câmeras de
vídeo, telefones celulares, e todos os outros brinquedos e ferramentas da era
digital. Em média, um aluno graduado atual passou menos de 5.000 horas de sua
vida lendo, mas acima de 10.000 horas jogando vídeo games (sem contar as 20.000
horas assistindo à televisão). Os jogos de computadores, e-mail, a Internet, os
telefones celulares e as mensagens instantâneas são partes integrais de suas
vidas. (Presnky, 2001, p 01)
Presnky chamou os alunos de hoje de Nativos Digitais, são uma geração
que cresceram com a tecnologia, não é simplesmente uma mudança de roupa, ou
cabelo, é bem mais abrangente esse comportamento das novas gerações. E chamou
de imigrantes digitais a geração mais antiga que em algum momento de suas vidas
tiveram que se adaptar a essa demanda tecnológica, nós professores nos
enquadramos no conceito de imigrantes digitais, que estamos sempre nos
adaptando as demandas.
Os nativos digitais gostam de processar várias informações ao mesmo
tempo. É uma característica dessa geração. Um exemplo, tenho uma filha
adolescente, ela estuda com os fones de ouvido, coisa que não consigo fazer.
Para realizar as tarefas, preciso estar em silêncio e concentrada. Um exemplo
simples onde já podemos ver a diferença entre os nativos digitais e os
imigrantes digitais. Vem ao encontro com o que Presnky fala, nós imigrantes
digitais não conseguimos entender como esta geração consegue fazer múltiplas
tarefas ao mesmo tempo e chegar ao aprendizado. Presnky afirma:
Os professores Imigrantes Digitais afirmam que os
aprendizes são os mesmos que eles sempre foram, e que os mesmos métodos que
funcionaram com os professores quando eles eram estudantes funcionarão com seus
alunos agora. Mas esta afirmação não é mais válida. Os alunos de hoje são
diferentes. (Presnky, 2001, p 03)
A linguagem dos nativos digitais se diferencia, os professores precisam
estar atentos e se apropriem desta linguagem, para aumentar a interação com os
alunos. A mudança é necessária, pensar em transmitir o conhecimento através de
novas metodologias com o objetivo de
prender a atenção dos alunos é um diferencial que vai instigar
a investigação e ao conhecimento.
Devemos usar a tecnologia a favor da aprendizagem de maneira prática e
coerente no nosso cotidiano escolar. Todo recurso deve ser busado para deixar as
aulas interativas e dinâmicas e para isso os meios tecnológicos vem somar na
hora da aprendizagem. Com isso, busca-se novas possibilidades educacionais
fazendo com que as aulas estimulem o aprendizado da criança de maneira simples
e eficaz. Pode-se utilizar novos meios de apresentar os conteúdos, através do
uso das tecnologias, não ficar
indiferente a essa nova geração que se criou com um celular ou computador.
O uso das tecnologias no contexto escolar traz novos desafios e
possibilidades importantes para o processo de ensino e aprendizagem.
Na verdade,
é uma evolução que precisa acontecer, só o professor atento e esta mudanças
conseguirá fazer a diferença em suas aulas.
REFERÊNCIAS:
NOÉ,
Alberto. A Relação Educação e Sociedade: Os Fatores Sociais que Intervêm
no Processo Educativo. Revista Avaliação. Universidade de Campinas.
Campinas, vol. 5. Setembro, 2000.
CANDAU,
Vera Maria Ferrão. Sociedade, Cotidiano Escolar e Cultura(s): Uma
aproximação. Educação & Sociedade, ano XXIII, n o 79, Agosto/2002.
PRENSKY,
Marc. Nativos Digitais Imigrantes
Digitais, 2001. Disponível em http://www.marcprensky.com/writing Acesso em
01 ago. 2011 (texto publicado na sua primeira versão em 2001). Acesso em 04
jan. 2019.