sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Alfabetização

05/12/2016

Essa postagem vai fazer uma reflexão sobre a alfabetização. Como já citei, estou afastada de sala e aula, trabalho na Secretaria de Educação, mas sou alfabetizadora e sempre trabalhei com o 1 º ano, séries iniciais. Este ano tive a oportunidade de aplicar as provas do ANA (Avaliação Nacional de Alfabetização). O que me fez fazer essa reflexão foi o quadro que me deparei nas escolas. A prova foi aplicada nos terceiros anos, escolas estaduais e municipais. Em todas as escolas que estive, aproximadamente 50% dos alunos não sabem ler. Em alguns casos, não conseguiam nem escrever seu nome. Não sei se podemos culpar esse método de progressão que não reprova, o sucateamento dos professores, com baixos salários, mas uma coisa posso afirmar, falta comprometimento dos professores, alunos e familiares.
Acredito que esses professores podem fazer mais, eu não me conformava em deixar um aluno sair sem estar alfabetizado. Acho que durante os 10 anos que fui alfabetizadora, rodei dois alunos no máximo. Por isso  reafirmo, falta o olhar do professor para os alunos, saber onde está o problema, investigar, buscar a solução com a turma,  transmitir o conhecimento.
O fracasso de muitos projetos educacionais está no fato de desconhecer a participação dos alunos. O aluno aprende quando o professor aprende; ambos aprendem quando pesquisam. Como diz Paulo Freire, “não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses que-fazeres se encontram um no corpo do outro. Enquanto ensino, continuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando, intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade” (Freire, 1997, p.32).
Encerro esta postagem com duas frases de Paulo Freire:

“A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria.
“Amar é um ato de coragem”.


Fonte: http://www.acervo.paulofreire.org:8080/jspui/bitstream/7891/2773/1/FPF_PTPF_12_026.pdf

domingo, 18 de dezembro de 2016

A fotografia como objeto e recurso de memória

29/11/2016

Através da  leitura do texto de FELIZARDO, Adair; SAMAIN, Etienne. A fotografia como objeto e recurso de memória. Discursos fotográficos. Londrina, v.3, n.3, p.205-220, 2007, podemos perceber que os registros que se fazem atualmente, em relação ao que se fazia a alguns anos atrás mudaram acentuadamente. Os registros docentes acompanham essa evolução. Uma questão que  o autor levanta no texto  sobre os registros  atuais, será que serão suficientes para preservar a memória, a história? Servem como comprovante de memória docente? Acredito que sim, podemos perceber que ninguém mais “revela” fotos, mas de alguma maneira esses registros vem sendo preservados. Mesmo que muitos registros se perdem  em vários locais, como memória de PC, pen drive, e até celulares que são roubados. Podemos afirmar que uma parte da história acaba se perdendo.
Nossos comprovantes de memória docentes continuam sendo todos os registros possíveis e isso inclui a fotografia. Temos que ter um olhar diferente, problematizador para perpetuar a história, trabalhar com a tecnologia a nosso favor.  Segundo o autor, grande parte da nossa historia pode ser armazenada em locais que não são seguros e corremos e risco de ficar sem registro de momentos importantes.
Percebo que a prática docente não acontece por acaso, ou melhor, não é um processo, não se trata de organizar tudo por foto e achar que estamos com os registros mantidos para a eternidade. O tema em questão busca compreender, interpretar as situações do cotidiano escolar, através de práticas de memória. Os professores fazem parte de um grupo que culturalmente não valorizam as memórias educacionais. Mas acredito que é necessário buscar os registros do passado para podermos resignificar o presente. Usar a memória para desenvolver o aprendizado, através de busca de experiência para poder construir a história hoje.
Segundo o autor, o fato de a fotografia ser uma representação do “real” pode não ser suficiente para lhe conferir credibilidade absoluta. Assim como a memória, ela pode “selecionar” partes do real a fim de iludir, manipular, fazer parecer. “Possuir a verdade é também ser capaz de enganar” diria Detienne (1988, p.43).
Mas acredito que a fotografia vai organizando nossa memória, e possibilita a aprendizagem, mesmo correndo-se o risco de manipulação, os fatos registrados por fotografias não podem ser manipulados o tempo todo. Por isso a fotografia é uma forma de registro de história e pode ser perpetuada.

FELIZARDO, Adair; SAMAIN, Etienne. A fotografia como objeto e recurso de memória. Discursos fotográficos. Londrina, v.3, n.3, p.205-220, 2007. Disponível em: <http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/discursosfotograficos/article/view/1500/1246> Acesso em: 20 set. 2016.


Educação na Filândia
22/11/2016

Na interdisciplinar Escola, Projeto Pedagógico e Currículo, tivemos acesso ao vídeo Educação na Finlândia (copiei o link abaixo).
O vídeo sobre a educação na Finlândia mostra que ações simples, mas bem estudadas podem mudar o quadro da educação em um país. A questão é não aumentar as horas e sim conseguir prender a atenção do aluno para que ele melhore seu desempenho. Achei interessante a abolição do tema de casa. O que tem que fazer é tornar o curso interessante. Você aumentar as horas não é o ponto decisivo para mudar a postura dos alunos. Tem que aumentar a possibilidade de esse ensino ser bom, bem ensinado. Não é lei que vai resolver isso.
Fazendo um paralelo em relação a reforma do ensino médio, acredito que retirar artes, educação física, filosofia, sociologia, é tirar disciplinas importantes para a formação da pessoa. E se você prioriza matemática, português e inglês, você quer ter mais uma formação de desempenho e perde de vista elementos importantes. 

Sugestão: Assista ao vídeo: “Educação na Finlândia”




Fonte da tirinha: http://carpintariadaspalavras.blogspot.com.br/2016_06_01_archive.html


Números e Operação - Multiplicação
15/11/2016

"A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe." ( Jean Piaget )

Através da multiplicação pretendemos levar as crianças perceberem que multiplicar  é mais rápido que somar várias vezes, porém é preciso que a criança entenda que a multiplicação parte da adição.
Para a compreensão verdadeira e significativa dos processos envolvidos nas operações básicas da matemática é necessário que o professor não só permita que seus alunos conheçam e tenham acesso às diversas formas de cálculo, como também, os incentive a criar suas próprias estratégias, e que os ensinem a usá-las em situações diferentes dependendo da necessidade que se tem.
Cabe ao professor, transformar o contexto em situações para explorar conceitos de multiplicação. Antes de ter contato com os algoritmos de multiplicação, é preciso fazer os alunos descobrir várias maneiras de chegar ao resultado.  Isto significa que a compreensão da resolução de um problema vem antes da sistematização de um procedimento para solucioná-lo.

Como professora, acredito que os alunos podem decorar a tabuada, depois de entender os seus princípios e como se relacionam os resultados. É um facilitador, desde que o aluno saiba o porquê dos resultados.
PROJETO DE APRENDIZAGEM

08/11/2016




"O projeto de aprendizagem é uma pedagogia construtivista que tem como propósito promover aprendizado profundo através de um enfoque baseado em indagações para engajar os alunos com questões e conflitos que sejam ricos, reais e relevantes a suas vidas." (Wikipédia, a enciclopédia livre)

Desenvolvemos ao longo do semestre nosso PA, foi um trabalho gratificante, levando em consideração a dificuldade de viabilizar o tempo com as colegas, já que o projeto foi feito em grupo. Mas gostaria de ressaltar, a importância de tecnologia, e como já falei no Blog, temos que usar ela a nosso favor. O trabalho só foi possível de realizar graças à tecnologia.
Elaborar o Projeto de Aprendizagem acrescentou muito em minha prática pedagógica. Nessa perspectiva, a construção de Projetos de Aprendizagem enriqueceu nosso conhecimento, uma vez que facilita o desenvolvimento de ações interativas através dos múltiplos caminhos para as construções de conhecimentos. Ampliam-se as perspectivas de interações entre os alunos e os objetos de estudo. Podemos considerar como uma aprendizagem significativa prende o aluno para a descoberta. O trabalho em grupo aumentou nossa integração, as trocas de experiências, os erros e acertos que fomos elaborando com o grupo. Foi enriquecedor o desenvolvimento do Projeto Pedagógico.




Fonte: Projeto de aprendizagem – Wikipédia, a enciclopédia livre|https://pt.wikipedia.org/wiki/Projeto_de_aprendizagem


Fonte Imagem: http://image.slidesharecdn.com/projetodeens-eapren-elainepachecoalvesdorosario
Reflexão sobre a prática docente

01/11/2016


Na interdidciplina Escola, Projeto Pedagógico e Currículo, fomos incentivados a refletir sobre a prática pedagógica.   A relação professor-aluno tem sido uma das principais preocupações do estudo das práticas pedagógicas.  O que se observa é que, por não se dar a devida atenção à formação e prática docente, muitas ações desenvolvidas no ambiente escolar acabam por fracassar. O professor precisa constantemente refletir sobre sua prática, “como manter a atenção dos alunos?”. Hoje com o mundo tão digital, é preciso que o professor fique conectado com seu aluno, para não perder a atenção da turma, usar a tecnologia a seu favor. Daí a importância de estabelecer uma reflexão aprofundada sobre a prática pedagógica. A escola é formadora de cidadãos, com a possibilidade da construção  do conhecimento pelo aluno. Assim podemos reafirmar a importância rever alguns aspectos da realidade atual da escola e dos alunos, no sentido de propiciar condições favoráveis para o aprendizado, possibilitando o interesse de professores e alunos, para que constantemente pensem sobre essa realidade. Só dessa forma poderão conquistar o reconhecimento e a valorização de suas ações, por parte de toda a comunidade escolar.