domingo, 18 de dezembro de 2016

A fotografia como objeto e recurso de memória

29/11/2016

Através da  leitura do texto de FELIZARDO, Adair; SAMAIN, Etienne. A fotografia como objeto e recurso de memória. Discursos fotográficos. Londrina, v.3, n.3, p.205-220, 2007, podemos perceber que os registros que se fazem atualmente, em relação ao que se fazia a alguns anos atrás mudaram acentuadamente. Os registros docentes acompanham essa evolução. Uma questão que  o autor levanta no texto  sobre os registros  atuais, será que serão suficientes para preservar a memória, a história? Servem como comprovante de memória docente? Acredito que sim, podemos perceber que ninguém mais “revela” fotos, mas de alguma maneira esses registros vem sendo preservados. Mesmo que muitos registros se perdem  em vários locais, como memória de PC, pen drive, e até celulares que são roubados. Podemos afirmar que uma parte da história acaba se perdendo.
Nossos comprovantes de memória docentes continuam sendo todos os registros possíveis e isso inclui a fotografia. Temos que ter um olhar diferente, problematizador para perpetuar a história, trabalhar com a tecnologia a nosso favor.  Segundo o autor, grande parte da nossa historia pode ser armazenada em locais que não são seguros e corremos e risco de ficar sem registro de momentos importantes.
Percebo que a prática docente não acontece por acaso, ou melhor, não é um processo, não se trata de organizar tudo por foto e achar que estamos com os registros mantidos para a eternidade. O tema em questão busca compreender, interpretar as situações do cotidiano escolar, através de práticas de memória. Os professores fazem parte de um grupo que culturalmente não valorizam as memórias educacionais. Mas acredito que é necessário buscar os registros do passado para podermos resignificar o presente. Usar a memória para desenvolver o aprendizado, através de busca de experiência para poder construir a história hoje.
Segundo o autor, o fato de a fotografia ser uma representação do “real” pode não ser suficiente para lhe conferir credibilidade absoluta. Assim como a memória, ela pode “selecionar” partes do real a fim de iludir, manipular, fazer parecer. “Possuir a verdade é também ser capaz de enganar” diria Detienne (1988, p.43).
Mas acredito que a fotografia vai organizando nossa memória, e possibilita a aprendizagem, mesmo correndo-se o risco de manipulação, os fatos registrados por fotografias não podem ser manipulados o tempo todo. Por isso a fotografia é uma forma de registro de história e pode ser perpetuada.

FELIZARDO, Adair; SAMAIN, Etienne. A fotografia como objeto e recurso de memória. Discursos fotográficos. Londrina, v.3, n.3, p.205-220, 2007. Disponível em: <http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/discursosfotograficos/article/view/1500/1246> Acesso em: 20 set. 2016.


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