segunda-feira, 16 de abril de 2018


Mecanização

No texto de abertura, Hilton Japiassu, estudado na interdisciplina de didática, planejamento e avaliação, o autor fala na compartimentalização dos saberes e da importância do trabalho integrado através da interdisciplinaridade que muitas vezes provoca atitudes de medo e de recusa. Uma vez que traz uma maneira nova de transmitir o conhecimento e tudo que é novo sempre sofre resistência. O autor fala da fragmentação do conhecimento que é oferecido nas escolas, reflexo do processo de produção, chamado Taylorismo e Fordismo.
Esses movimentos surgiram com a necessidade de desenvolver a produção industrial, percebemos que o objetivo destes movimentos era fragmentar o processo de produção, cada funcionário aprendia apenas uma determinada função e não se qualificava, objetivando uma produção em massa. Fazia aquela tarefa mecanicamente, não precisando pensar para realizar sua função.
Esse comportamento se reflete até os dias de hoje na educação, muitos professores apresentam os conteúdos sistemicamente, se distanciando da realidade dos alunos, sem se importar com as questões vitais de convivência e cotidiano dos alunos.
Percebemos que a escola precisa incentivar o aluno a pensar, fazer ligações com outras disciplinas, se não tivermos esta postura estaremos mecanizando o estudo de maneira a descontextualizar o aprendizado.
A fragmentação da cultura escolar é um processo que foi influenciado pela desqualificação e atomização de tarefas ocorrido no âmbito da produção e da distribuição que acabou refletindo também nos sistemas educacionais. Os trabalhadores e os estudantes não conseguem participoar dos processos produtivos e educacionais dos quais participam. A educação institucionalizada parece ter se reduzido exclusivamente a tarefas de repetição e mecanização, sem dar espaço para que as novas gerações façam uma reflexão essencial para a construção do conhecimento.

Referência
JAPIASSU, Hilton. A questão da interdisciplinaridade. Revista Paixão de Aprender. Secretaria Municipal de Educação, novembro, n°8, p. 48-55, 1994.
http://blog.brasilacademico.com/2018/01/taylorismo-e-o-fordismo.html - fonte da imagem



Um comentário:

  1. Olá, Tani,a infelizmente vemos, sim, este tipo de educação, cada professora ministra sua disciplina, sem fazer ligação com outra, acredito que isto vai se aprofundar cada vez mais, visto a situação atual, da nossa educação, para onde esta caminhando devidos às políticas públicas, tirando direitos de professores e alunos.
    Abraços

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