Publicidade Infantil
A
publicidade infantil é um mercado que vem crescendo a passos largos. As
empresas já descobriram isso e utilizam diversos artifícios para vender seus
produtos. Como as crianças se enquadram numa categoria de público sugestionável
e fácil de convencer quando o assunto é consumir, elas acabam sendo alvo desta indústria.
O Instituto Brasileiro de Defesa Consumidor Idec – considera a publicidade para
o público infantil como abusiva. Eles tomam por base o artigo 37 do código de
defesa do Consumidor.
Art. 37. É proibida toda publicidade
enganosa ou abusiva.
§ 1º É enganosa qualquer modalidade
de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente
falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro
o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade,
propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços.
§ 2º É abusiva, dentre outras a
publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que incite à violência,
explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e
experiência da criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de
induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua
saúde ou segurança.
§ 3º Para os efeitos deste código, a
publicidade é enganosa por omissão quando deixar de informar sobre dado
essencial do produto ou serviço.
O inciso 2 faz referência a publicidade
voltada ao público infantil, considera que as crianças não tem discernimento
para julgar a intenção da publicidade.
Estudando o Texto de Mariângela Momo, mídia
e consumo na produção da infância pós-moderna, podemos observa a crescente
preocupação com a exposição das crianças a estas mídias voltadas ao consumo.
Ela fez um estudo onde identificou essa influência.
De acordo com Mariângela Momo (2007,
p78)
A rede midiática e de consumo em
que as crianças das escolas estudadas vivem mobiliza o desejo, vende
experiências humanas, estimula a imaginação, cria necessidades, padrões de
exigência, significados, capital simbólico e práticas que são compartilhadas
por elas. A sociedade de consumo “capacita” todos, inclusive as crianças e
jovens pobres das escolas públicas por mim pesquisadas, para que sejam
consumidores.
A autora já demonstra a preocupação com
as crianças que passam muito tempo na frente da tevê, sendo bombardeados por
propagandas que só incentivam o consumo.
Outra preocupação é com a
“adultização”, processo que que as crianças têm passado nos últimos anos. Consequência
de uma nova dinâmica familiar e ao acesso precoce à tecnologia, sem controle.
Podemos observar que as crianças passam pouco tempo com os pais e acabam
passando muito tempo em frente da TV e computadores. Muitos comerciais tentam
vender produtos apelando para essa adultização, venda de maquiagem para as
meninas, por exemplo. E isso se reflete em novos comportamentos estimulados
pela mídia, uma vez que são incapazes de discernir entre o que é apelo
comercial e o que é conteúdo. Sendo induzidos, muitas vezes, a pratica do
bullyng, erotização precoce, obesidade, comportamento agressivo, consumo
desenfreado entre outros problemas derivados da exposição excessiva à mensagens
mercadológicas.
Link da
publicação revisada publicado em 27/10/2015
https://taniaantoniazzi.blogspot.com/2015/10/porser-um-publico-extremamente_27.html
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