domingo, 27 de maio de 2018


A importância do Brincar

No dia 21 de maio tivemos uma palestra com a Professora Tânia Ramos Fortuna (Possui Licenciatura em Pedagogia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1985), Especialização em Jean Piaget (1986), Mestrado em Educação - área de concentração Psicologia da Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1990) e Doutorado em Educação (2011) pela mesma Universidade ), onde ela evidenciou a importância do brincar.
Segundo Tânia, é importante o brincar quando as crianças são sujeitos da brincadeira e não apenas expectadores. É fundamental que a brincadeira provoque a ação e interação da criança. Ela nos fala que os brinquedos educativos são importantes, mas é preciso abrir espaço para as crianças brincarem sem comprometimento de estar sendo um brincar educativo/pedagógico (referindo-se a jogos educativos). O brincar por brincar.
Ela nos fala que muitas vezes quando prolongamos a brincadeira em sala de aula, parece que nossa consciência pesa, pensando, eu poderia estar adiantando conteúdos e estou deixando os alunos brincar. Porém, inúmeros autores destacam que o brincar de forma livre, especialmente para a criança pequena, proporciona interações com seus pares, adultos e objetos de forma prazerosa e enriquecedora, proporcionando-lhe diferentes possibilidades de aprender e desenvolver-se. Ou seja, o brincar desenvolve diversas habilidades como a inteligência, simbolismo, imaginação, emoção, criatividade.
As crianças ao brincar em sala de aula estão desenvolvendo a socialização, formação de linguagem, linguagem corporal que tem papel importante no desenvolvimento linguístico.
Com a palestra a Professora Tânia reforçou o que nós professoras dos anos inicias já sabemos, o brincar é um aliado para a construção do conhecimento e da linguagem.
Para Vygotsky (1991), por exemplo, o ato de brincar e o próprio brinquedo surgem no desenvolvimento infantil para satisfazer certas necessidades e de acordo com a maturação das crianças. Enquanto brincam, a tensão entre o que ela quer realizar e aquilo que consegue fazer, de acordo com as suas capacidades, é resolvida na ação de brincar. Segundo o mesmo autor, “[...] a criança em idade pré-escolar envolve-se num mundo ilusório e imaginário onde os desejos não realizáveis podem ser realizados, e esse mundo é o que chamamos de brinquedo” (1991, p. 106).





Referências
VYGOTSKY, Lev S. O papel do brinquedo no desenvolvimento. In: ______. A formação social da mente. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991. p. 105 -118.

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