A importância do Brincar
No dia 21 de maio tivemos uma
palestra com a Professora Tânia Ramos Fortuna (Possui Licenciatura em Pedagogia pela
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1985), Especialização em Jean Piaget
(1986), Mestrado em Educação - área de concentração Psicologia da Educação pela
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1990) e Doutorado em Educação (2011)
pela mesma Universidade ), onde ela evidenciou a
importância do brincar.
Segundo Tânia, é importante o
brincar quando as crianças são sujeitos da brincadeira e não apenas
expectadores. É fundamental que a brincadeira provoque a ação e interação da
criança. Ela nos fala que os brinquedos educativos são importantes, mas é
preciso abrir espaço para as crianças brincarem sem comprometimento de estar
sendo um brincar educativo/pedagógico (referindo-se a jogos educativos). O
brincar por brincar.
Ela nos fala que muitas vezes
quando prolongamos a brincadeira em sala de aula, parece que nossa consciência pesa,
pensando, eu poderia estar adiantando conteúdos e estou deixando os alunos
brincar. Porém, inúmeros autores destacam que o brincar de forma livre, especialmente
para a criança pequena, proporciona interações com seus pares, adultos e
objetos de forma prazerosa e enriquecedora, proporcionando-lhe diferentes
possibilidades de aprender e desenvolver-se. Ou seja, o brincar desenvolve
diversas habilidades como a inteligência, simbolismo, imaginação, emoção,
criatividade.
As crianças ao brincar em sala de
aula estão desenvolvendo a socialização, formação de linguagem, linguagem
corporal que tem papel importante no desenvolvimento linguístico.
Com a palestra a Professora Tânia
reforçou o que nós professoras dos anos inicias já sabemos, o brincar é um
aliado para a construção do conhecimento e da linguagem.
Para Vygotsky (1991), por
exemplo, o ato de brincar e o próprio brinquedo surgem no desenvolvimento
infantil para satisfazer certas necessidades e de acordo com a maturação das
crianças. Enquanto brincam, a tensão entre o que ela quer realizar e aquilo que
consegue fazer, de acordo com as suas capacidades, é resolvida na ação de
brincar. Segundo o mesmo autor, “[...] a criança em idade pré-escolar
envolve-se num mundo ilusório e imaginário onde os desejos não realizáveis
podem ser realizados, e esse mundo é o que chamamos de brinquedo” (1991, p.
106).
Referências
VYGOTSKY,
Lev S. O papel do brinquedo no desenvolvimento. In: ______. A formação social
da mente. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991. p. 105 -118.
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