terça-feira, 2 de abril de 2019


Data da publicação: 19/10/2017

Respeito a diversidade
A educação é um direito fundamental e passa a ser também um direito humano, ela deve promover o desenvolvimento humano e a possibilidade de aprendizado prático sobre a convivência no meio social. Atualmente nos deparamos com muitas discussões sobre o tema diversidade.
Nesse sentido, é importante que o ambiente escolar proporcione aos aos professores e demais profissionais envolvidos com o trabalho escolar a compreensão e o aprofundamento do debate sobre temas da diversidade.
Como o nome já diz, diversidade deve ser estudada e tratada nas diversas áreas. Não somente a questão racial, mas as diversas situações que os educadores se deparam no convívio diários com os alunos.
 O estudo das questões ligadas a diversidade pode estar presente nas diferentes disciplinas que integram o currículo escolar. Sua importância e complexidade demandam um esforço dos professores e do conhecimento oferecido aos estudantes. As atitudes a serem desenvolvidas relativas ao posicionamento social precisam ser trabalhadas com urgência para fazer frente as desigualdades e exclusões sociais. Reconhecer o respeito às identidades, diferenças e especificidades de cada pessoa como um direito social é uma questão de valorização do ser humano. Respeitar e valorizar a diversidade e combater qualquer forma de discriminação é uma ação que deve partir dos educadores.
Segundo Heilborn e outros, a escola e seus profissionais têm o compromisso ético de colocar em debate as diferenças, os assuntos e as abordagens contemporâneas, tendo em vista o fato de trabalharem com a formação do indivíduo para o convívio social. “Além disso, a escola indica, a possibilidade de mobilidade social. Não se convive razoavelmente em sociedade nem se avança de forma digna no lugar social que se ocupa se não houver fortalecimento das relações sociais democráticas, que valorizem as pessoas e grupos sociais na sua diversidade. O desejo de contribuir para essas melhorias nas relações sociais e políticas, que pode ser intrínseco a cada um de nós, só pode nascer do conhecimento, sendo que a escola e seus profissionais, mais do que outras instituições sociais – a família, por exemplo – têm o dever de proporcioná-lo. ” Não podemos fechar os olhos diante de tudo que está acontecendo a nossa volta. O mundo mudou, e os professores precisam se adaptar a esta nova realidade. Através de atividades questionadoras que tornem os alunos mais críticos.
É essencial que o  professor se preocupe em desenvolver a  aula reconhecendo as diferenças existentes entre os alunos, a fim de oportunizar um ensino igual para todos, valorizando a contribuição de todos e levando a aprendizagem. O Conselho Nacional de Educação no seu Parecer n. 017/2001, nos diz que

“A consciência do direito de constituir uma identidade própria e do reconhecimento da identidade do outro se traduz no direito à igualdade e no respeito às diferenças, assegurando oportunidades diferenciadas (equidade), tantas quantas forem necessárias, com vistas à busca da igualdade. O princípio da equidade reconhece a diferença e a necessidade de haver condições diferenciadas para o processo educacional. ” (BRASIL, 200, p.11)

Assim podemos dizer que o professor que reconhece as diferenças em suas aulas é capaz de reconhecer o outro e valorizá-lo de acordo com suas especificidades e potencialidades, assegurando aos alunos aigualdade de oportunidades.

Referências:
Gênero e Diversidade na Escola Formação de Professoras/es em Gênero, Sexualidade, Orientação Sexual e Relações Étnico-Raciais - Coordenação do Projeto Caderno de Atividades GDE Leila Araújo Andreia Barreto Coordenação Acadêmica Maria Luiza Heilborn Sergio Carrara Fabiola Rohden Proposta Pedagógica Laura Coutinho Heloisa Padilha Professores Especialistas Claudia Regina Ribeiro Isabel Santos Mayer José Maurício Arruti Supervisão Técnica Vanessa Leite Colaboração Islei Salloker Belsoff Santos Equipe Governa
BRASIL, Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnicos-Raciais e para o Ensino de História e Cultura AfroBrasileira e Africana. Brasília: MEC/CNE, 2004.
______. Conselho Nacional de Educação. Parecer nº 017/2001. Brasília. MEC/CNE 2001.

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