segunda-feira, 29 de outubro de 2018


Pensamento Reflexivo

Um dos objetivos das escolas é que seus alunos aprendam a resolver conflitos de modo cooperativo e respeitoso. Para isso é necessário que os estudantes consigam perceber a perspectiva do outro, agir com flexibilidade e fazer que pensem criticamente. Essas capacidades são importantes para compreender algo novo e resolver problemas complicados. 
“O pensamento reflexivo faz um ativo, prolongado e cuidadoso exame de toda crença ou espécie hipotética de conhecimentos, exame efetuado à luz dos argumentos que apoiam a estas e das conclusões a que as mesmas chegam”. (DEWEY, 1959).
Pensar de modo crítico, pensar em torno da afirmativa, examinar os argumentos. Quando o professor reflete sobre sua postura como educador, essa ação vai desencadeando o desenvolvimento do pensamento reflexivo, que é um elemento fundamental para prática educativa.
Segundo Gadotti, educar equipara-se a conscientizar, ao passo que a criticidade, a dúvida e o questionamento estão presentes nas ações transformadoras do sujeito, pois a partir destas condutas origina-se o novo. Sendo assim, são elementos essenciais à vida, dadas suas constantes mudanças e a necessidade do indivíduo de expressar, conhecer, resistir e reinventar. Para que o pensamento crítico e reflexivo seja alcançado, é necessário  que crie-se o hábito de conhecer através do questionamento, para que a compreensão do mundo e de si mesmo faça-o ir além do que está diante dos próprios olhos, podendo, dessa maneira, criar, gerar, construir, transformar, e não meramente reproduzir.
Isso faz o pensamento reflexivo. Essa explosão de ideias, o professor não é mero transmissor do conhecimento, é preciso refletir juntamente com seus alunos a cada momento.
A atitude de reflexão  gera a capacidade de saber acolher as diversas perspectivas , buscar novas alternativas e proporciona a maior liberdade de levantar diversas questões do cotidiano.

Reescrita de publicação em  17/04/2017

segunda-feira, 22 de outubro de 2018


ORGANIZAÇÃO DO TEMPO ESCOLAR

O tempo escolar ao longo dos anos foi se modificando. Cada escola deve levar em consideração a sua realidade, a sua região e a estrutura de cada espaço escolar.
Quando falamos de tempo escolar deveremos compreender como uma construção social e cultural que pode ser expressado de diferentes maneiras, como um todo, o ano letivo, ou quebrado em dias e períodos.

Enguita (1989) diz:
A sucessão de períodos muito breves – sempre de menos de uma hora – dedicados a matérias muito diferentes entre si, sem necessidade de sequência lógica entre elas, sem atender à melhor ou à pior adequação de seu conteúdo a períodos mais longos ou mais curtos e sem prestar nenhuma atenção à cadência do interesse e do trabalho dos estudantes; em suma, a organização habitual do horário escolar ensina ao estudante que o importante não é a qualidade precisa de seu trabalho, a que o dedica, mas sua duração. A escola é o primeiro cenário em que a criança e o jovem presenciam, aceitam e sofrem a redução de seu trabalho a trabalho abstrato. (ENGUITA, 1989, p.180)
Enguita questiona a quebra do raciocínio e a qualidade quando se prioriza o tempo e não a qualidade do ensino, em relação ma matérias que são ministradas em períodos, muitas vezes quando o professor está no meio de uma explanação precisa interromper porque acabou o período.
Levando em consideração as adversidades de cada região, é preciso focar e reformular a forma em que o tempo escolar é organizado, para melhorar a qualidade do trabalho pedagógico. O professor tem papel importante nessa organização de tempo escolar. Muitas vezes é necessário mudar seu planejamento inicial em função de interesse da turma sobre alguma descoberta, ou pesquisa que despertou a atenção da turma, mas muitas vezes essa descoberta pode ser barrada por falta de tempo, termina o período e já vem outro assunto, outra matéria.
O que questionamos é se esse tempo organizado, rígido, da escola favorece uma aprendizagem autônoma? Valoriza o tempo vivido? Ou apenas segue um planejamento rígido.
Muitas vezes as escolas precisam cumprir metas e acabam pressionando professores a cumprir os planejamentos em tempos apertados o que acaba desqualificando a educação.
É preciso estar sempre questionando essa organização de tempo para cada vez mais ter uma educação de qualidade.


Reescrita de publicação em  18/10/2016
Referências
http://educador.brasilescola.uol.com.br/orientacao-escolar/organizacao-tempo-escolar.htm


segunda-feira, 15 de outubro de 2018


Reflexão sobre a prática docente


Na interdisciplina Escola, Projeto Pedagógico e Currículo, fomos incentivados a refletir sobre a prática pedagógica.   A relação professor-aluno tem sido uma das principais preocupações do estudo das práticas pedagógicas.  O que se observa é que, por não se dar a devida atenção à formação e prática docente, muitas ações desenvolvidas no ambiente escolar acabam por fracassar. Hoje os alunos encontram-se em uma realidade, onde a tecnologia se faz presente constantemente, é preciso que o professor fique conectado com seu aluno, para não perder a atenção da turma e usar a tecnologia a seu favor.
A prática pedagógica deve ser coerente com a turma e com o perfil do professor. O educador deve saber ouvir, ponderar e ver o que é possível de ser realizado. O ser humano está em constante aprendizado, inclusive o professor. “E uma das condições necessárias a pensar certo é não estarmos demasiado certos de nossas certezas” (FREIRE, 1996, p.30). Daí a importância de estabelecer uma reflexão aprofundada sobre a prática pedagógica.
Este semestre com o estágio, tivemos este momento de reflexão, como fazer um planejamento que se adequasse a realidade da turma. Usando a teoria e aplicando no dia a dia da turma, no planejamento, sabendo a importância de se ter um planejamento flexível e melhora nossa prática pedagógica.
 A escola é formadora de cidadãos, com a possibilidade da construção do conhecimento pelo aluno. Assim podemos reafirmar a importância rever alguns aspectos da realidade atual da escola e dos alunos, no sentido de propiciar condições favoráveis para o aprendizado, possibilitando o interesse de professores e alunos, para que constantemente pensem sobre essa realidade.

Publicação no Blog em 18/12/2016
Endereço do Blog

Referências
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.


segunda-feira, 8 de outubro de 2018


importância do lúdico na aprendizagem

O lúdico em sala de aula  é uma ferramenta que intensifica o aprendizado.
Segundo Gilda Rizzo (2001) “… A atividade lúdica pode ser, portanto, um eficiente recurso aliado do educador, interessado no desenvolvimento da inteligência de seus alunos, quando mobiliza sua ação intelectual.” (p.40).
A criança está sempre brincando, é através do brincar que desenvolve inúmeras habilidades, também através do brincar a criança recria situações e muitas vezes tenta solucionar por meio da brincadeira.
O lúdico é um  momento de felicidade, seja qual for a etapa de nossas vidas, deixando à rotina escolar mais leve e fazendo com que o aluno aprenda  de forma mais significativa através da brincadeira.
Jogar em sala de aula desenvolve diversas habilidades. Existem vários jogos bem didáticos e jogos de recreação, todos levam a um crescimento intelectual.
Podemos mesclar nossas aulas, com jogos pedagógicos, introduzindo regras para os jogos, deixando as crianças se organizar: “ quem será o primeiro? qual regra vamos seguir? Quantos vão participar do jogo?”
Também deixar livre, o brincar por brincar para que as crianças possam solucionar problemas através do faz de conta, també se torna um momento rico em nossa  prática.
Segundo Piaget (1976), a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança. Ela não é apenas uma forma de desafogo ou algum entretenimento para gastar energia das crianças; constitui um meio que enriquece e contribui para o desenvolvimento intelectual.
Portanto o brincar, como atividade pedagógica ou atividade recreativa, sempre trazem um aprendizado importante para as crianças. Professores usem essa ferramenta em suas atividades, não é perda de tempo é ganho em qualidade em suas aulas.

Referências
GILDA Rizzo (2001, p.40). A importância do lúdico na aprendizagem, com auxílio dos jogos. Autora: Monalisa Lisboa
PIAGET, J. A psicologia da criança. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.

Publicação do Blog  - Publicado em  10/07/2016
https://taniaantoniazzi.blogspot.com/2016/07/a-importancia-do-ludico-na-aprendizagem.html

segunda-feira, 1 de outubro de 2018


A importância do brincar
 A criança não é nem antiga nem moderna, não está nem antes nem depois, mas agora, atual, presente. Seu tempo não é linear, nem evolutivo, nem genético, nem dialético, nem sequer narrativo. A criança é um presente inatual, intempestivo, uma figura do acontecimento. E só a atenção ao acontecimento, como o incompreensível e o imprevisível, pode levar a pensar uma temporalidade descontínua. (Larrosa, 2001, p. 284)

As crianças são essa descontinuidade. O tempo delas é o agora. Temos que aproveitar o presente e explorar esse momento. O aprendizado acontece naturalmente quando exploramos as brincadeiras e jogos.
Na cadeira de ludicidade, através de leituras, vídeos e trabalhos estamos retomando a importância do brincar, falo retomando, porque todas nós professoras sabemos o quanto é essencial a ludicidade para o aprendizado, porém algumas vezes nos acomodamos em nossa exposição de aulas e não brincamos mais com os alunos. É de extrema importância a brincadeira para o desenvolvimento psicológico, social e cognitivo da criança, pois é através dela que a criança consegue expressar seus sentimentos em relação ao mundo social.  Todas as atividades que envolvem o brincar colaboram para o desenvolvimento dos alunos.
O que percebemos que cada vez mais as crianças brincam menos. Um dos motivos são várias atividades extraescolar. Os pais às vezes esquecem o quanto é importante valorizar a brincadeiras para as crianças.
Através do brincar as crianças experimentam diversos papeis, muitas vezes expressam sentimentos que não conseguem exteriorizar de outra forma, como por exemplo conflitos familiares.
Por isso não só na escola, mas em casa também é importante sentar e brincar com as crianças, isso vai criando a autonomia e proporcionando um ambiente enriquecedor.

“A infância tem as suas maneiras próprias de ver, pensar e sentir. Nada mais insensato que pretender substitui-las pelas nossas.” ROUSSEAU 

Endereço do Blog da releitura – 17/05/2016
https://taniaantoniazzi.blogspot.com/2016/05/a-importancia-do-brincar-crianca-nao-e.html
Referências



segunda-feira, 24 de setembro de 2018



O mestre do impossível

O livro de Maria Cristina Kupfer. Freud e a Educação -  O mestre do impossível, traz à luz questões como o desejo de aprender, o processo da transferência e o papel do professor no processo transferencial, sendo que esses temas são abordados em uma perspectiva freudiana. O desejo de aprender sempre foi um tema que chamou bastante atenção de Freud, pois este se perguntava o que impulsionava as pessoas que sempre estavam à procura de respostas, principalmente os cientistas e as crianças.  Para Freud há um momento decisivo na vida do ser humano, é o momento da descoberta ao qual ele chama de diferença sexual anatômica. Sendo que esta descoberta implica justamente entender que, de fato alguma coisa falta, ou seja, a angústia provém de uma nova compreensão de antigas perdas, e para essa angustia de perda Freud chamou de angústia de castração. 
O livro fala sobre educação e psicanálise. A importância de articular as ideias, refletir a todo momento as ideias da psicanálise com a educação.  Segundo Freud, ser professor é uma profissão impossível, por todas as questões que envolvem a educação e o aprendizado, o que a autora rebate afirmando que impossível não é irrealizável. Nós professores sabemos muito bem que somos os profissionais considerados do impossível, mas muito pouco valorizados por toda a sociedade e lideranças governamentais. O que fazemos é por amor, dedicação e vontade de transmitir o conhecimento.

Reescrita do Blog

segunda-feira, 17 de setembro de 2018


TRANSFERÊNCIA E CONTRATRANSFERÊNCIA
O estudo da transferência e contratransferência vem da psicanálise., porém no meio escolar podemos ver que ocorre com frequência. A transferência  no contexto escolar, de acordo com Santos, (2009) ganha vida na relação professor-aluno, reeditando, no presente, os impulsos e fantasias marcados nos primeiros anos de vida, a partir das relações parentais e fraternais que foram determinantes para o sujeito na sua constituição.  Pode ocorrer quando o aluno se identifica muito com o professor, na sala de aula, e acaba confundindo com  o pai com ou com a mãe. Gostar ou desgostar de alguém que lembre outra pessoa são exemplos de transferência.
Em relação à contratransferência, que  é vivida na escola, é quando o professor desenvolve sentimentos de simpatia por um aluno em especial. Muitas vezes essa contratransferência acaba interferindo no desempenho escolar. O professor é uma figura importante na vida dos alunos, exerce um papel fundamental, exigindo-se capacidade empática.
Freud não se aprofundou muito no estudo da contratransferência.
Na escola, portanto, o professor, a exemplo do analista, e independentemente de sua ação, pode despertar afetos no aluno para além daquilo a que ele próprio tem noção conscientemente. O mesmo pode acontecer ao professor, por parte do aluno. Porque esse fenômeno pode se estabelecer nesses dois sentidos.
Freud (1914/1969), ao elaborar reflexões sobre a Educação e ao revelar sua própria experiência como estudante, diz: "é difícil dizer se o que exerceu mais influência sobre nós e teve importância maior foi a nossa preocupação pelas ciências que nos eram ensinadas ou a personalidade de nossos mestres" (p. 248). Com isso podemos observar que os alunos desenvolvem simpatias e antipatias pelo professor muitas vezes sem fundamento, na realidade elas não existem. Também podemos perceber que muitas decisões até profissionalmente podem ter sido influenciadas por nossos professores.
 Nessa perspectiva, os professores encontram simpatias e antipatias (amores e ódios) que pouco fizeram para merecer. Para muitos alunos, os professores tornam-se pessoas substitutas dos primeiros objetos de desejo e sentimentos amorosos, que eram endereçados a pais e irmãos. Cada aluno estuda as características dos seus professores e forma - ou deforma - as próprias características no contato com esses substitutos, diz Freud (1914/1969).

Freud, S. (1996). A dinâmica da transferência. Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, vol. XII. Rio de Janeiro: Imago. (Trabalho original publicado em 1912).
Postagem do BLOG que foi reescrita
https://taniaantoniazzi.blogspot.com/2015/11/desejo-de-saber-e-transferencia-o.html

segunda-feira, 10 de setembro de 2018


Publicidade Infantil
A publicidade infantil é um mercado que vem crescendo a passos largos. As empresas já descobriram isso e utilizam diversos artifícios para vender seus produtos. Como as crianças se enquadram numa categoria de público sugestionável e fácil de convencer quando o assunto é consumir, elas acabam sendo alvo desta indústria. O Instituto Brasileiro de Defesa Consumidor Idec – considera a publicidade para o público infantil como abusiva. Eles tomam por base o artigo 37 do código de defesa do Consumidor.

Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva.
§ 1º É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços.
§ 2º É abusiva, dentre outras a publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que incite à violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança.
§ 3º Para os efeitos deste código, a publicidade é enganosa por omissão quando deixar de informar sobre dado essencial do produto ou serviço.
O inciso 2 faz referência a publicidade voltada ao público infantil, considera que as crianças não tem discernimento para julgar a intenção da publicidade.
Estudando o Texto de Mariângela Momo, mídia e consumo na produção da infância pós-moderna, podemos observa a crescente preocupação com a exposição das crianças a estas mídias voltadas ao consumo. Ela fez um estudo onde identificou essa influência.
De acordo com Mariângela Momo (2007, p78)
A rede midiática e de consumo em que as crianças das escolas estudadas vivem mobiliza o desejo, vende experiências humanas, estimula a imaginação, cria necessidades, padrões de exigência, significados, capital simbólico e práticas que são compartilhadas por elas. A sociedade de consumo “capacita” todos, inclusive as crianças e jovens pobres das escolas públicas por mim pesquisadas, para que sejam consumidores.
A autora já demonstra a preocupação com as crianças que passam muito tempo na frente da tevê, sendo bombardeados por propagandas que só incentivam o consumo.
Outra preocupação é com a “adultização”, processo que que as crianças têm passado nos últimos anos.  Consequência de uma nova dinâmica familiar e ao acesso precoce à tecnologia, sem controle. Podemos observar que as crianças passam pouco tempo com os pais e acabam passando muito tempo em frente da TV e computadores. Muitos comerciais tentam vender produtos apelando para essa adultização, venda de maquiagem para as meninas, por exemplo. E isso se reflete em novos comportamentos estimulados pela mídia, uma vez que são incapazes de discernir entre o que é apelo comercial e o que é conteúdo. Sendo induzidos, muitas vezes, a pratica do bullyng, erotização precoce, obesidade, comportamento agressivo, consumo desenfreado entre outros problemas derivados da exposição excessiva à mensagens mercadológicas.

Link da publicação revisada publicado em 27/10/2015

https://taniaantoniazzi.blogspot.com/2015/10/porser-um-publico-extremamente_27.html

segunda-feira, 3 de setembro de 2018


Análise das Primeiras Postagens

Lendo minhas primeiras postagens (peguei as cinco primeiras em 2015), realmente me impressionei como conseguiram me avaliar. Os textos começavam desconectados. Talvez na época estavam contextualizados com o momento, mas relendo hoje, percebo textos soltos, sem conteúdo. Mal consigo me situar, imagina alguém de fora?
Quando comecei o blog achei muito difícil escrever. No meu entendimento, escrever era considerado um dom, o qual não tinha nascido com ele. Porém depois de tantas postagens, descobri que na verdade, não é um dom e sim treinamento. Para quem não tem essa facilidade de sair escrevendo, o treinamento e a dedicação vão aperfeiçoando a escrita e melhorando a qualidade da postagem.
Outra crítica é em relação ao referencial teórico, essas primeiras postagens não faziam referência nenhuma a teoria.
Mas com o passar dos meses e a cobrança de escritas cada vez mais melhores, o resultado foi positivo. Não podemos deixar de falar que as leituras ajudaram para o conteúdo do Blog. A leitura é fundamental para praticar a escrita porque, além de exercitar a interpretação, você entra em contato com diversas formas de escrita, o que permite enriquecer a redação.

segunda-feira, 27 de agosto de 2018


EDUCAÇÃO INFANTIL

Na próxima semana começará meu estágio. O estágio será em uma turma de jardim B. Neste primeiro momento vamos verificar o contexto dos alunos e observar a forma como as crianças se relacionam entre si e se relacionam com os adultos com os quais convivem.
A Educação Infantil é um momento de preparação do indivíduo para compreensão de mundo participando e interagindo nas mudanças e transformações da sociedade. Portanto, é necessário observar que a sala de aula não deve ser entendida somente como um espaço físico determinado, deve ser um espaço onde professores e alunos desenvolvam atividades de ensino aprendizagem e também um lugar onde os alunos possam fazer trocas, trazer suas experiências vivenciadas em sua comunidade em seu cotidiano.
Segundo Vigotsky (1998), o convívio social e cultural entre os pares da mesma faixa etária e adultos do mesmo grupo ao qual pertence a criança, contribui de forma relevante para seu desenvolvimento e aprendizagem. Então o espaço da educação infantil deve ser privilegiado, devemos proporcionar experiências lúdicas para as crianças visando sua formação através do uso de múltiplas linguagens, criadas através do convívio social e suas experiências culturais.

VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998.



segunda-feira, 20 de agosto de 2018


ETAPA FINAL
Estamos entrando no 8º semestre, este semestre será dedicado a realização do estágio obrigatório. Não podemos deixar de demonstrar nossa ansiedade. Apesar de já sermos professores e estar atuando, ou não no momento. A realização do estágio representa   um desafio.
Para fazer o estágio é preciso programar as atividades, fazer o planejamento de maneira que não se distancie da realidade dos alunos. Segundo Freire (1997) é na formação do professor que devemos exercitar a reflexão crítica sobre a prática. “É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática” (p.43/4).
O estágio representa uma oportunidade de refletir sobre a teoria, muitas de nós, já professoras há muitos anos, não fazemos mais a reflexão necessária para alcançar os objetivos da educação, sendo que o principal é trabalhar para a construção do conhecimento. Então esse é o momento de conciliar teoria e prática, tendo como objetivo “formar um educador como profissional competente técnico, científico, pedagógico e politicamente, cujo compromisso é com os interesses da maioria da população” (PIMENTA, 2001,p.73).

Referências:
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1997.
 PIMENTA, S.G. (org.). O estágio e a docência. São Paulo: Cortez, 2004.

segunda-feira, 9 de julho de 2018



            Ensinar em tempos tecnológicos

A tarefa de ensinar e aprender é um processo que envolve várias competências.  A forma tradicional de dar aula não chama mais a atenção do aluno. A relação pedagógica nos tempos de mídias móveis, precisa ser repensada, pois estamos diante de novos comportamentos dos estudantes e os professores precisam potencializar estes novos comportamentos em relação as mídias móveis, pois são instrumentos de alto poder para potencializar o aprendizado.
O vídeo Vaugham nos fala do ensino hibrido, que pretende ajudar o aluno a aprender a aprender. Através da integração do presencial e on line, pode-se desenvolver um ótimo trabalho, mesmo sendo bem difícil integrar esses dois ambientes, precisando os professores desenvolver essas competências, dominar os ambientes on line.
As inovações das formas de ensino e aprendizagem exigem posturas mais abertas, dialógicas e emancipatórias. É preciso descentralizar os saberes diante de uma escola mais aberta. Fazer uma mescla entre o ensino presencial e on line para maximização de recursos e ter ambientes de aprendizagem mais flexíveis. Professores precisam ter iniciativas para discutir o processo de informatização na educação, transformando a prática pedagógica e as dinâmicas de sala de aula. Os professores precisam se apropriar dos processos tecnológicos (híbridos, analógicos e digitais), o que requer novos estudos nessa temática. Nesse sentido, aprender e ensinar utilizando o aparato tecnológico requer a reflexão dos professores para assumirem um novo papel no processo de ensino aprendizagem, o que envolve uma mudança pessoal e cultural. Apesar de nos depararmos com alguns entraves, devido à falta de recursos, ainda assim acredito que o s professores podem desenvolve um bom trabalho com uso das tecnologias.
Cabe ao professor ter domínio das tecnologias para poder mediar junto com os alunos estes novos métodos de ensino aprendizagem, fazer uma abordagem que capacite os alunos a usar as tecnologias para o aprendizado, demonstrando conhecimento, critérios para disponibilizar os recursos e os materiais para os alunos.

REFERÊNCIA

AXT, M. A escola frente às tecnologias. Caderno Temático SMED: Multimeios e Informática Educativa, Porto Alegre, p. 35-38, 2002.Arquivo

Video do Prof. Norman Vaughan da universidade canadense Mount Royal: Sala de Aula Invertida e Ensino Hibrido na Cultura Digital

quinta-feira, 14 de junho de 2018


Tecnologia e pedagogia

Durante o curso do PEAD falamos muito em tecnologias na educação. As novas gerações são muito tecnológicas e os professores precisam acompanhar este movimento dos seus alunos.
É a reconfiguração de saberes com o ensinar e o aprender. Novas formas de pensar. É a busca de contextos inovadores dentro da construção do conhecimento. O novo muitas vezes assusta, mas o novo está sempre relacionado com o movimento. Este movimento que traz  a inovação tecnológica dentro da pedagogia. A inovação pedagógica gera esse movimento, sair da acomodação, fazer um rompimento que permita reconfigurar o conhecimento, incluindo as novas tecnologias aos saberes já adquirido. Novos modelos e práticas pedagógicas que com o apoio da tecnologia, tanto em ambientes virtuais como físicos, possibilitando ao professor novas estratégias. São as novas ideias para atuar no processo ensino aprendizagem. Somente os professores atentos a todos esses movimentos terão mais oportunidades de desenvolver um trabalho que consiga despertar interesse em seus alunos.

Referência:
CUNHA,   Maria   Isabel   da. Inovações pedagógicas e a reconfiguração de saberes no ensinar e no aprender na universidade. VIII Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais. Centro de Estudos Sociais, Faculdade de Economia, Universidade de Coimbra, Portugal, 16 a 18 de setembro de 2004.




AVALIAÇÃO
Na interdisciplina de didática estamos trabalhando com avaliação. Avaliação, atualmente tomou, ou era para tomar uma dimensão diferente. No tempo em que eu era estudante só conhecíamos avaliação quantitativa. O professor despejava conteúdo e no fim do trimestre fazia provas para verificar quem aprendeu.
Já trabalhando como professora e alfabetizadora já avaliava as crianças de forma diferenciada, utilizava parecer descritivo pra entregar uma avaliação para os familiares, mas ia acompanhando a evolução de cada aluno, seu crescimento individual. Quem trabalha com alfabetização sabe que não temos como fazer teste para ver quem já sabe ler. É uma construção ao logo do tempo.
A avaliação classificatória é aquela que mede o aprendizado do aluno, não levando em consideração nenhum outo fator a não ser o rendimento do aluno comparado com seus colegas. Mede todos de maneira unificada. A avaliação mediadora é aquela em que o professor é o mediador do processo, acompanha o aluno com suas individualidades e seu crescimento durante o curso, seus avanços. O ensino é a função principal da escola, e a prática avaliativa deve complementar essa função propiciando a aquisição da aprendizagem.
Luckesi (1998) destaca que a avaliação do aproveitamento escolar precisa ser praticada como uma atribuição de qualidade dos resultados da aprendizagem dos alunos e percebida como um ato dinâmico, seu objetivo final é o aprendizado do aluno e não o quanto ele acertou nas provas.
O professor diante da avaliação precisa manter uma conduta ética, não deixando os alunos inseguros, a ação de avaliar deve ser um momento de interação e troca e não um momento tenso, onde os alunos se sentem acuados. A avaliação deve ser um momento de crescimento, questionamento, trocas entre alunos e professor, onde o aluno possa aprender algo de novo e não apenas reproduzir os conteúdos que foram ministrados.
A avaliação, nos moldes tradicionais tem uma visão unilateral, o aluno é avaliado por todos professores, sendo uma avaliação autoritária. O que se espera nos dias atuais é que avaliação seja democrática, todos avaliam todos.



FERREIRA, Lucinete. O contexto da prática avaliativa no cotidiano escolar. In:____. Retratos da avaliação: conflitos, desvirtuamentos e caminhos para a superação. Porto Alegre: Mediação, 2002. p. 9-61.
LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. 14. ed. São Paulo: Cortez, 2002

Imagem: http://depositodocalvin.blogspot.com/2008/06/calvin-haroldo-tirinha-441.html


quinta-feira, 31 de maio de 2018


Palavras Geradoras
Para alfabetizar adultos e crianças é importante  trabalhar com a bagagem cultural que os alunos  trazem de seu contexto social, não adianta desenvolver práticas pedagógicas baseadas em repetição de palavras desconectadas com a realidade deles. Isso acaba gerando um desinteresse dos alunos.
Paulo Freire, buscou  formas de educar de modo a promover uma escolarização cumpridora de seu papel social, utilizando temas geradores como uma proposta de ensino. O maior  desafio do professor é a construção junto aos alunos de práticas que proporcionem  uma visão mais crítica da sociedade em que vivem e esta era a proposta de Paulo Freire. Essa postura fica mais clara nas palavras de Freire Freire (1999, p. 102):
Não seria, porém, com essa educação desvinculada da vida, centrada na palavra, em que é altamente rica, mas na palavra ‘milagrosamente’ esvaziada da realidade que deveria apresentar, pobre de atividades com que o educando ganhe a experiência do fazer, que desenvolveríamos no brasileiro a criticidade de sua consciência indispensável à nossa democratização.

As palavras geradoras são retiradas do contexto em que estão inseridos os alunos, proporcionando um ensino mais significativo, abrangendo  as discussões em sala de aula, incitando a curiosidade, a investigação e consequentemente gerando o conhecimento.



Fontes:
FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1999. 
Imagem - https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9todo_Paulo_Freire

segunda-feira, 28 de maio de 2018


Planejamento

Planejar significa estabelecer prioridades necessárias quando temos um propósito, já definido, a realizar. Professores ao planejar devem identificar os objetivos gerais, que serão atingidos a longo prazo e objetivos mais específicos que que serão realizados a curto prazo, com ações que serão executadas junto com a turma, observando as características da turma.
Para que o planejamento seja eficiente, o professor deve conhecer seus alunos, é preciso conhecer o contexto social em que os alunos estão inseridos, sua cultura, sua condição financeira, sua bagagem cultural, só assim um planejamento será eficiente e conseguirá sair do papel e se tornar uma ação prática.
A relação entre professor-aluno precisa ser bem definida, onde o professor atua como mediador entre o aluno e os conteúdos. A relação humana deve ser respeitosa, saudável, amigável, cordial e clara entre ambos, desviando do autoritarismo, para assumir um caráter de autoridade competente (LIBÂNEO,1994).



Referência
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.


domingo, 27 de maio de 2018


A importância do Brincar

No dia 21 de maio tivemos uma palestra com a Professora Tânia Ramos Fortuna (Possui Licenciatura em Pedagogia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1985), Especialização em Jean Piaget (1986), Mestrado em Educação - área de concentração Psicologia da Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1990) e Doutorado em Educação (2011) pela mesma Universidade ), onde ela evidenciou a importância do brincar.
Segundo Tânia, é importante o brincar quando as crianças são sujeitos da brincadeira e não apenas expectadores. É fundamental que a brincadeira provoque a ação e interação da criança. Ela nos fala que os brinquedos educativos são importantes, mas é preciso abrir espaço para as crianças brincarem sem comprometimento de estar sendo um brincar educativo/pedagógico (referindo-se a jogos educativos). O brincar por brincar.
Ela nos fala que muitas vezes quando prolongamos a brincadeira em sala de aula, parece que nossa consciência pesa, pensando, eu poderia estar adiantando conteúdos e estou deixando os alunos brincar. Porém, inúmeros autores destacam que o brincar de forma livre, especialmente para a criança pequena, proporciona interações com seus pares, adultos e objetos de forma prazerosa e enriquecedora, proporcionando-lhe diferentes possibilidades de aprender e desenvolver-se. Ou seja, o brincar desenvolve diversas habilidades como a inteligência, simbolismo, imaginação, emoção, criatividade.
As crianças ao brincar em sala de aula estão desenvolvendo a socialização, formação de linguagem, linguagem corporal que tem papel importante no desenvolvimento linguístico.
Com a palestra a Professora Tânia reforçou o que nós professoras dos anos inicias já sabemos, o brincar é um aliado para a construção do conhecimento e da linguagem.
Para Vygotsky (1991), por exemplo, o ato de brincar e o próprio brinquedo surgem no desenvolvimento infantil para satisfazer certas necessidades e de acordo com a maturação das crianças. Enquanto brincam, a tensão entre o que ela quer realizar e aquilo que consegue fazer, de acordo com as suas capacidades, é resolvida na ação de brincar. Segundo o mesmo autor, “[...] a criança em idade pré-escolar envolve-se num mundo ilusório e imaginário onde os desejos não realizáveis podem ser realizados, e esse mundo é o que chamamos de brinquedo” (1991, p. 106).





Referências
VYGOTSKY, Lev S. O papel do brinquedo no desenvolvimento. In: ______. A formação social da mente. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991. p. 105 -118.